10/04 – O Estado de S. Paulo / Estadão Conteúdo / Folha Vitória
Para o novo ministro da Educação, professor Renato Janine Ribeiro, o Brasil vive um momento de “grande crença” no potencial do ensino. Apesar disso, ele sabe que os desafios do setor são enormes e viabilizar suas metas, que incluem expandir o financiamento da educação, não será fácil. “O aumento de verbas para a educação será uma batalha de conscientização”, diz ele. “Vamos passar um tempo mais difícil e algumas ações precisarão ser adiadas.”
Prestes a completar uma semana no cargo, ele ainda se debruça sobre detalhes do MEC. Na quarta-feira, 8, almoçou com dois ex-titulares da pasta – o prefeito Fernando Haddad (PT) e o atual diretor do BNDES, Henrique Paim – e com Luiz Cláudio Costa, que ficou interinamente no cargo neste ano e voltou para a chefia de gabinete.
Janine diz ter ficado “muito contente” com a repercussão favorável por sua nomeação. “Não esperava ser convidado e não esperava ter uma acolhida tão boa. Agora tenho um pouco de bom senso e não deixo a vaidade tomar conta. Uma coisa significativa é que a reação expressa a crença muito grande na educação. Há muitos anos, a gente ouve o bordão de que a solução dos problemas do País estaria na educação, mas até hoje não se teve uma visão muito clara disso. Agora parece que a sociedade quer isso para valer. Essa satisfação com a nomeação veio das potencialidades da educação e do que educadores podem fazer.”
“Há políticos que são excelentes gestores, de educação inclusive. Temos um médico que foi um bom ministro da Fazenda, o caso do (Antônio) Palocci, e um economista que foi um bom ministro da Saúde, o (José) Serra”, diz o Janine ao avaliar nomeações feitas.