Novo presidente do Sescon-RS quer intensificar atuação no Interior
No dia 1 de maio, o novo presidente Jaime Gründler Sobrinho assumiu a gestão do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Rio Grande do Sul (Sescon-RS), no quadriênio 2010-2014. O contador, que ocupava até então a vice-presidência da entidade, é diretor da Rosário Contabilidade e Assessoria, de Porto Alegre. A chapa eleita tem ainda como vice o contador José Inácio Lenz e os diretores administrativo, Renato João Kerkoff, e financeiro, Diogo Ferri Chamun. Além de dar continuidade ao trabalho já desenvolvido pelo antecessor Luiz Carlos Bohn e investir fortemente na qualificação profissional da categoria, Gründler quer reforçar a atuação do Sescon-RS no Interior. Confira na entrevista a seguir os planos do novo presidente para a gestão 2010-2014.
JC Contabilidade – Como foi sua trajetória profissional até chegar aqui?
Jaime Gründler Sobrinho – Apesar de longeva, minha trajetória é sucinta. Sempre atuei na área contábil, no segmento de execução de serviços contábeis. Iniciei na atividade muito jovem, tive passagens por dois escritórios, como empregado, antes de fundar a minha própria empresa, na companhia de um colega. Estou no ramo desde 1970, devendo todas as minhas realizações pessoais e de ordem material a esta atividade. Por quatro mandatos, fui conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade, onde atuei em diversas câmaras antes de ser seu vice-presidente. Em nome do CRC-RS, fui membro do plenário da Jucergs e integrei o Conselho Municipal de Transportes Urbanos de Porto Alegre como conselheiro. Através da minha empresa, Rosário – Contabilidade & Assessoria, sou sócio-fundador do Sescon-RS, tendo feito parte da sua primeira diretoria, de 1987 a 1990.
JC Contabilidade – Quais os projetos para a nova gestão entidade?
Gründler – Queremos manter o aperfeiçoamento do sucesso de ações das diretorias anteriores. A entidade tem forte gestão na Região Metropolitana, e o que se quer é ampliar a atuação no Interior do Estado, causando uma interiorização da entidade e atingindo um maior número de regiões e cidades. Ao criar novos núcleos do Sescon, queremos capacitar um maior número de empresas prestadoras de serviços para melhor atender aos contadores nas suas dificuldades. Para isso, vamos contar com os colaboradores e suas equipes. Queremos continuar investindo forte nas palestras e cursos de capacitação para aperfeiçoar a qualificação dos profissionais e dos empresários. Sempre com a ideia de preservar os esforços já atendidos pela categoria, valorizando todas as ações já realizadas e não propondo enormes mudanças, mas sim dando continuidade às melhorias já alcançadas. Na contabilidade, o que se tem conquistado até hoje foi à custa de muita doação, trabalho, debates, reuniões e ao trabalho de uma série de pessoas que fizeram a categoria crescer.
Contabilidade – Como vê as mudanças trazidas pelo IFRS e quais os novos desafios que isso traz para o setor?
Gründler – A adequação aos padrões internacionais é um passo importante porque busca fazer com que as demonstrações contábeis ganhem mais notoriedade e facilidade na interpretação. Ciclicamente, a contabilidade sofre adequações. Houve o tempo em que as empresas de contabilidade eram executoras de exigências do fisco. Os profissionais devem adequar-se a essas mudanças. Para acompanhar isso, a capacitação é fundamental e essencial para as empresas e os profissionais que estão à frente delas.
Contabilidade – Este é um ano de eleição. Que tipo de incentivos o Sescon-RS espera dos novos governantes?
Gründler – A economia brasileira vem crescendo e nós fazemos parte dessa expansão. O importante é aperfeiçoar-se. Da parte do Estado como um todo, o que se espera é que ele esteja atento ao fato de que a iniciativa privada é que faz este desenvolvimento. Quanto menos intervir na economia e quanto mais desburocratizar as atividades empresariais, aí teremos o que se espera do Estado. Uma de nossas bandeiras é a redução da carga tributária. O Estado tem que desenvolver-se por suas funções (saúde, segurança, educação), enquanto as empresas têm que crescer pelas suas estruturas internas (tecnologia e capacitação profissional). A carga tributária é um dos fatores que faz com que haja o crescimento da economia. Um exemplo é a recente legislação que reduziu a carga do IPI, e anteriormente a ampliação do leque de empresas enquadradas no Simples Nacional. Isso trouxe benefícios.
Contabilidade – Qual a agenda de eventos do ano?
Gründler – O Sescon-RS continuará ministrando cursos e realizando eventos de maior porte em parceria com outras entidades. Temos apoiado seminários e convenções regionais desenvolvidas pelo CRC-RS. Um dos projetos pretende criar uma agenda única dos cursos de qualificação em conjunto com as entidades da área. Isso proporcionará a reunião de esforços para concentrar eventos, evitando repetições e mobilizando a categoria.
Fonte: Fenacon
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