Em meio à crise política e econômica que se alastra desde do último trimestre de 2014 um dos assuntos mais comentados por empresários, é como sobreviver ao cenário atual da economia brasileira. Hoje, existem no país, cerca de 8,5 milhões de PME’s, destas 52% correspondem aos empregos de carteira assinada e 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Todavia as mudanças tributárias, que ocorreram entre o ano de 2015 e início de 2016, impactam severamente as micro e pequenas empresas. O aumento das alíquotas de IPI (imposto sobre produtos industrializados), e no recolhimento do ICMS, são as duas maiores reclamações entre os empresários, que afirmam que estas mudanças não viabilizam os negócios, aumentando o risco de quebra e estímulo à sonegação.
Para os novos empreendedores que veem a crise como uma oportunidade de crescer e pretendem montar um negócio, seguem algumas dicas de Finança Corporativa. Começamos com a essencialidade da área financeira, que é de suma importância para a sobrevivência de toda e qualquer empresa. No caso de uma pequena empresa, essa importância deve ser intensificada, devendo levar em consideração a realidade que uma empresa de pequeno porte precisa administrar, geralmente a verba é reduzida, o mercado cada vez mais competitivo e a busca incessante pelo lucro, são pontos vitais que devem ter atenção redobradas.
Finanças pessoais X Finanças empresariais
Quando o negócio é familiar, é muito comum a receita empresarial ser usada para pagar as contas pessoais. Porém deverá ter um maior controle, o empresário deverá ter em mente que ele é um administrador, porém esse papel difere do investidor que deve exigir o retorno do investimento a longo prazo.
Custos ou Despesas?
Qual a diferença de custos e despesas? No dia a dia, essa diferenciação ajuda muito o empresário a identificar onde é possível reduzir os excessos para aumentar os lucros. Os custos estão ligados à atividade fim da empresa, como a matéria prima, aluguel do espaço produtivo, e até mesmo os profissionais ligados à produção. Já as despesas ficam onde se pode cortar os gastos, nesse item que o empresário deverá analisar e reduzir. São exemplos de despesas: material de escritório, salários administrativos, internet, luz, correios e telefone.
Esse tal de capital de giro
O capital de giro ou ativo circulante, como o nome diz: é o que gira, reserva que a empresa tem disponível para custear as despesas do dia a dia, esse valor é o resultado do valor disponível e o que se tem a pagar. Supre gestão financeira do negócio ao longo do tempo devendo ser bem administrado, para que não precise recorrer aos bancos através de financiamentos. Caso, se faça necessário usar este artifício a situação se complica ainda mais, por não ter outra opção o empresário deve aceitar todos os termos do banco, ou seja, negocia de forma totalmente desfavorável o que o endivida ainda mais, deteriorando a saúde financeira da empresa. Para garantir a liquidez do seu empreendimento, mantenha o controle de todos os processos financeiros da empresa e uma política acirrada de redução de custos e despesas.
Girar o estoque
O estoque precisa funcionar de acordo com a necessidade do consumidor, deste modo é um setor que sofre mudanças constantes. A necessidade do giro rápido dos produtos, comprar apenas o necessário para produzir, reduzindo o estoque ao máximo bem próximo do zero. Todavia, só se consegue que o estoque influencie positivamente os resultados financeiros, com muita organização e planejamento. É imprescindível uma análise do ciclo do estoque e conhecer bem os compromissos firmados com os fornecedores para alcançar as metas positivas desejadas.
Prevenção
Ao fazer o orçamento anual, tenha claro que a economia externa não é previsível e nem confiável em épocas normais, imagine na atual conjuntura econômica – política do país. Então, é vital possuir uma reserva para possíveis imprevistos. O maior erro cometido por empreendedores é não dar a devida atenção às finanças a longo prazo.




























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