O Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da Fiesp se reuniu na terça-feira (13/9) com nomes pioneiros da nova era digital web 3.0 e empreendedores para discutir os fundamentos, aplicações e impacto das novas tendências do mundo nos negócios e na indústria. A jornada de conhecimentos, que iniciou com o tema “Fundamentos da Blockchain”, faz parte da Trilha Fiesp/CJE: Web 3.0, que ainda discutirá sobre Criptomoedas e NFT’s. O encontro, que aconteceu na sede da Fiesp, foi transmitido pelo Youtube da entidade.
Conhecida como uma “cadeia de blocos”, a blockchain é uma tecnologia onde está reunida um conjunto de informações que se conectam por meio de criptografia realizando operações de forma segura e transparente. Importante para garantir que não exista fraudes, ela funciona como um grande livro-caixa público, em que são registradas todas as transações, de forma rápida e segura.
Diferente das redes privadas, a blockchain permite que os dados sejam compartilhados por todos, sem necessidade de permissão ou de uma entidade coordenando o processo.
“A ideia que a gente tem de web 3.0 é a de tirar essa entidade soberana que gere e não ter essas relações. E como a gente faz isso? Com um protocolo que substitui essa pessoa, que age de forma automatizada. Eu quero comprar uma coisa do Alex, eu clico em comprar, o Alex tem a coisa para vender e eu tenho dinheiro na minha carteira, a transação acontece de forma automática, não precisa de mais ninguém. Essas informações estão registradas e criptografadas na blockchain e não tem por que mais ninguém saber o que eu comprei dele. A gente entende que o Estado é necessário, mas a gente consegue regular as nossas relações dentro da web 3.0 sem eles e ao mesmo tempo entender que eles são totalmente necessários do lado de fora. A entidade soberana ainda existe, ela só não está dentro das nossas relações, explicou Lorenza Sabatini, fundadora e CEO da startup Made in Crypto.
Para Tiago Moreli, fundador da EnablersDAO, que veio do mercado de transformação digital, além da tecnologia, a blockchain tem o seu âmbito cultural. “Existe um movimento muito pró liberdade, muito pró a você não estar a mercê de organizações centralizadoras, seja estatais, seja empresas como Facebook, Google, que você tem que seguir a regra, todo mundo meio robozinho. Então a parte cultural vem muito desse lado pró liberdade, quando você está usando a blockchain tem a possibilidade de fazer soluções descentralizadas, ou seja, ao invés de uma pessoa específica tomar a decisão, você pode descentralizar para quantas pessoas quiser e até mesmo expandir isso para o seu usuário também”.
Dando sequência na Trilha Fiesp/CJE: Web 3.0, nas próximas semanas, o Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da Fiesp, discutirá, no dia 21, a desmistificação crypto e os movimentos do mercado e dia 28, NFT’s e comunidades: uma ferramenta na nova era digital.
A gente como comitê de empreendedores, quer provocar as pessoas a pensarem o futuro, pensar o empreendedorismo de uma maneira com familiaridade com todos esses fundamentos. Acreditamos que a gente dominando esses fundamentos vamos conseguir entender muito mais alguns casos práticos, algumas aplicações que a gente vai explorar, seja em NFT, seja na nossa jornada de crypto, que teremos nos nossos próximos capítulos”, finalizou Alex Brunello, diretor-adjunto do CJE.
por Amanda Demétrio, Agência Indusnet Fiesp
0 comentários