30/06 – Magda Battiston para Contabilidade na TV –  com informações GS1 Brasil

Qual empresário não quer saber de questões como a redução de custos, melhorias na gestão de estoques, aumento das vendas e a busca pela perfeita experiência de compra do consumidor?

O contador que realmente ajuda seus clientes na parte de gestão deve ficar sempre atento as novidades do mercado que estão relacionadas a estas questões. Além de ser uma forma de ganhar a confiança de seus clientes, ele poderá indicar soluções que realmente agreguem melhorias significativas ao dia a dia das empresas que atende; do atendimento, passando pelas finanças, sistemas e maquinários.

Como se diz por aí: “Não tá fácil pra ninguém!”. Os empresários brasileiros tem diante de si um cenário econômico desafiador, com inflação resistente e juros elevados, não podendo contar com o aumento de consumo para alavancar os negócios, além disso, o custo da mão de obra é cada vez maior. Para complicar, o excesso de burocracia, leis fiscais e trabalhistas não estimulam a competitividade da economia.  E a pergunta é: como crescer?

Em matéria no site do Instituto Senai de Inovação e Tecnologia surgiu um número: “o investimento na melhoria da logística interna gera economia oito vezes superior ao valor aportado, em média. O resultado aparece, entre outros fatores, devido à diminuição dos erros e do tempo de implementação de novas tecnologias nas indústrias”, talvez também por isso o emprego industrial caminha, neste ano, para uma queda de 5,0%.

Para os gestores é necessário reavaliar estratégias, e a luz no fim do túnel pode estar no investimento em tecnologias de automação, mas não apenas para grandes indústrias, isso inclui também o varejo e o setor de logística de empresas de todos os portes.

A palavra aqui é “inovação” como disse Fernando Honorato Barbosa, economista-chefe do Bradesco Asset Management, durante a 5ª Conferência Brasil em Código, realizada no dia 30 de junho, em São Paulo.Segundo Honorato, enquanto todos falam em crise e o pessimismo toma conta do empresariado com a baixa confiança da indústria, ele apresentou uma visão bem menos pessimista. Para o economista as empresas devem fazer os ajustes, mas lembrou que temos um histórico de crises superadas (embora esta crise possa demorar um pouco mais- segundo ele), além disso acrescentou que o Governo vem tomando as medidas que considera os melhores “remédios” para esta superação. E completou afirmando: “A gente começa entrar em desespero se perdermos a capacidade de inovar”, recomendando que as indústrias e o varejo busquem na crise uma oportunidade para se reinventar, inovando nos processos e em tudo que julgar importante, tentando fazer diferente.

A 5ª Conferência Brasil em Código foi uma excelente oportunidade para aqueles empresários que estão sempre a frente. Aqui foram apresentadas inovações mundiais em automação e logística para indústria, saúde e varejo.

O público, composto por mais de 400 especialistas, executivos e decisores de diversos setores da economia, além de representantes de órgãos governamentais, discutiram em vários painéis o contexto da automação na atual conjuntura do país sob o tema “A linguagem universal da rentabilidade”.

A novidade desta edição do Brasil em Código ficou por conta dos vários painéis segmentados por temas, que proporcionaram mais dinâmica e interatividade entre os painelistas e o público. Com o novo formato, a entidade buscou trazer exemplos reais de como a tecnologia e a automação criam novas oportunidades e transformações nos negócios e no relacionamento dos integrantes da cadeia de abastecimento.

O painel sobre varejo, por exemplo, abordou temas que envolvem experiência de compras do consumidor, métricas para melhorar a experiência do omnichannel, novas tecnologias aplicadas ao setor e importância da implantação de tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) para driblar a concorrência.

Já no painel que envolveu os segmentos de agricultura, indústria e logística, teve discussões sobre as mudanças de processos para produtores e fabricantes e os avanços na rastreabilidade, que refletem a realidade brasileira frente a outros países no mundo. Um dos painéis que chamou a atenção foi o “case” da Itaueira, agroindústria que produz o “melão Rei”. Eles investiram num controle rígido de qualidade, dos processos e de rastreabilidade, e usam isso como uma ferramenta de proteção da própria empresa, ou seja, se algum cliente questionar a procedência ou qualquer outro problema, fica muito fácil se defender.No debate sobre o setor de saúde, a ideia foi tratar de assuntos como a automação e os impactos da implantação da tecnologia da RFID na indústria farmacêutica, além do combate à falsificação de medicamentos.

O evento promovido pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, é anual, então pra quem não participou desta vez, lembre-se de vir no ano que vem.