A recuperação tributária tornou-se uma área lucrativa e altamente estratégica para o profissional da Contabilidade
Hoje no Brasil são editadas 563 normas em média diariamente. Se somarmos esse montante desde a instituição da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988, foram quase sete milhões de normas editadas no país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Desse total, 7% diz respeito a questões tributárias, ou seja, em 33 anos, 440 mil normas tributárias editadas.
Diante, portanto de um complexo sistema tributário e da alta carga tributária brasileira, por desconhecimento da legislação ou ausência de apoio especializado, muitos empresários acabam pagando impostos indevidos.
Dessa forma, a recuperação tributária tornou-se uma área bastante estratégica para o profissional de contabilidade, que pode fidelizar os seus clientes com esse tipo de serviço ou até perdê-lo para o mercado por não oferecê-lo.
Produto rentável
Um case do sucesso de empresário contábil que agregou os serviços de recuperação tributária ao seu portfólio é o CEO do Grupo Solutta, Erick Pomin. Somente no primeiro semestre de 2022, sua equipe já recuperou mais de R$ 73 milhões de créditos para seus clientes.
Para o empreendedor, esse trabalho traz bons retornos financeiros para a consultoria contábil, contudo, os benefícios vão muito além disso. “Essa atuação acaba gerando uma relação de grande parceria entre a empresa contábil e o seu cliente, pois quebramos aquele preconceito de que o contador só traz problemas, e passamos a nos posicionar como parte das soluções, trazendo grande valor agregado”, disse.
Pomin ainda destaca que a recuperação exige acompanhamento minucioso da legislação e dos posicionamentos dos tribunais, além de conhecimento técnico profundo, portanto tempo e uma equipe altamente preparada para atender as demandas. “Precisamos ter capacidade de negociação e mostrar para o nosso cliente que a contratação desse serviço não é um gasto, mas sim um investimento”, alertou.
Conformidade
A empresa que tem o intuito de pedir a recuperação de tributos deve estar em conformidade e em dia com suas obrigações acessórias, afinal, hoje a inteligência fiscal brasileira é uma das mais sofisticadas do mundo e o seu poder de cruzamento de dados é grande.
A gerente de canais do Grupo Solutta, Jessica Carvalho, afirma que antes do pedido é preciso arrumar a casa. “Não recomendamos a recuperação de créditos de empresas que possuem declarações não entregues ou apresentadas em branco. O que chama a atenção não é o pedido de crédito, mas essa situação”, alerta.
Tecnologia
Pomim afirma também que a maioria expressiva das empresas podem recuperar créditos, em vista da vasta legislação brasileira. Para saber se um negócio tem ou não impostos a restituir a ajuda da tecnologia é fundamental.
No caso da Solutta, eles contam com a Auditto, sistema do próprio grupo, que facilita esse processo buscando os arquivos automaticamente e na montagem de dashboards que permitem uma radiografia profunda da situação da empresa. “Essa é a grande bússola, podemos fazer uma auditoria em uma empresa grande, de cinco anos, em poucas horas”, explica o empresário contábil.
Contudo, ele faz uma ponderação “O sistema é fantástico, mas não faz tudo. A recuperação de crédito envolve várias fases, vários profissionais e muita expertise”.
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