Os efeitos sofridos por conta das metas fiscais em 2017
08/09 – Carla Lidiane Müller para Notícias Contábeis do Contabilidade na TV*
Seja pelo motivo que for a meta fiscal tem causado muita dor de cabeça para as empresas este ano.
O aumento de combustíveis, a reoneração da folha, reformas, repatriação, parcelamentos, tudo isso foram métodos usados pelo fisco para aumentar a arrecadação e bater as metas fiscais do ano.
Na prática, quando estima-se que a meta não seja alcançada é pedida uma revisão da mesma, e caso mesmo assim não se alcance as metas, o reflexo é o corte de despesas, o aumento da carga tributária, e o aumento da dívida pública por conta da emissão de títulos públicos.
O tema em si é polêmico, porque além de todos os pontos negativos anteriormente citados, ainda temos de pensar que o governo não terá dinheiro para fazer investimentos. E o planejamento de investimentos afeta diretamente a vida da população, pois programas sociais, saúde, educação entre outros direitos de acesso serão fortemente prejudicados.
Por conta desses efeitos, tinham propostas para trazer de volta a CPMF, justamente para ajudar a equilibrar essas contas públicas.
A meta fiscal quando não alcançada influencia para o aumento na inflação, sem contar que o país perde credibilidade internacional.
Cito aqui que durante o mês de Agosto o governo já anunciou uma nova meta fiscal com rombo de 159 bilhões para 2017 e 2018.
A meta é algo muito importante, pois ela reflete não só as condições da economia brasileira, mas gera confiança para fazer negócios. A meta fiscal pode até realmente ter de ser reavaliada, desde que visando garantir a disciplina fiscal. Sem isso nenhum esforço fiscal ou mudança de estratégia se tornarão efetivas.
Debater esse tema com a sociedade, e evidenciar as necessidades de ajustes é importante. O governo precisa resolver esse problema de orçamento, mas sem onerar demais a população e as empresas, ou isso impedirá o crescimento do país.
Falar da meta fiscal e da sua revisão faz todos pensarem em diversas coisas como falência, e se essa alteração da meta está correta, ou mesmo se é verdadeira.
Exatamente o que ocorre agora com o governo pelo olhar do povo, principalmente do empresariado é uma incerteza, como é possível ter um rombo tão grande e mesmo assim ter o perdão de dívidas?
O que podemos fazer é esperar que essas medidas surtam efeito, para que não tenhamos mais problemas com o resultado primário, e não se tenham mais tantas mudanças como esse ano.
*Carla Lidiane Müller – Bacharel em Ciências Contábeis, cursando MBA em Direito Tributário. Trabalha na SCI Sistemas Contábeis como Analista de Negócios e é articulista do Blog Contabilidade na TV desde 2016.
Articulista do Portal ContNews desde 2016. Bacharel em Ciências Contábeis, com MBA em Direito Tributário, cursando especialização em Contabilidade e Gestão de Tributos. Trabalha na SCI Sistemas Contábeis como Analista de Negócios.
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