Já faz alguns anos que a conta escrow, também conhecida como conta vinculada, passou a ser o modelo preferencial do mercado para trazer mais segurança às operações comerciais e financeiras que envolvem risco. Isso porque a ferramenta permite o acesso a movimentação da conta através de uma terceira parte que, por sua vez, realiza a gestão dos valores de acordo com um contrato ou transação comercial pré-estabelecida.
As aplicações são as mais diversas, podendo ser utilizada para dar segurança a transações relacionadas à fusões e aquisições, financiamento de projetos, crédito com garantias de recebíveis e cash collateral (ativo como garantia), podendo ainda ser usada no processo de recuperação de empresas.
Apesar da conta escrow estar presente em grandes transações bancárias há bastante tempo, ela passou a ser utilizada de forma mais ampla para o mercado de capitais a partir de 2012 devido ao crescimento do uso de FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios). Só nos últimos três anos, este movimento dobrou de tamanho e os fundos totalizam mais de R$170 bilhões em ativos.
A descentralização de fontes de crédito para empresas é uma nova realidade impulsionada por mudanças regulatórias como o open finance, cartório digital, duplicata escritural e projetos de lei que visam facilitar o processo de execução de garantias.
Aliada aos movimentos de mercado e ao crescimento exponencial de algumas indústrias, o uso da conta escrow vem escalando, uma vez que ela permite a construção de transações mais seguras, alongadas e de custo menor para empresas — uma vez que as garantias líquidas mitigam riscos.
Escrow na nova dinâmica de negócios
Grandes indústrias, varejistas e e-commerces têm se beneficiado da escrow para organizar o capital de giro de sua cadeia de valor, fortalecer a saúde financeira de seus ecossistemas e reduzir a dependência de seus credores tradicionais. Ela oferece múltiplas combinações de regras entre as partes de um negócio, com uma gestão de informações íntegra e segura que segue a Lei de Proteção Geral de Dados (LGPD) e as melhores práticas no mercado.

Artigo escrito por Ana Luíza Fernandes, CMO da Grafeno Digital.
por Nova PR




























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