Promovida pelo Ibracon – Instituto de Auditoria Independente do Brasil, a 13ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente começou hoje, 27 de junho, no Teatro Claro, em São Paulo. A abertura oficial do evento contou com as participações de João Pedro Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Ana Tércia Lopes Rodrigues, vice-presidente técnica do Conselho Federal de Contabilidade (CFC); e Valdir Coscodai, presidente do Ibracon.
Valdir Coscodai, Juliana Rosa, mestre de cerimônias do evento, Ana Tércia Lopes Rodrigues e João Pedro Nascimento
Crédito: Alberto Martinez
Coscodai lembrou que a conferência deste ano acontece em um contexto peculiar. Por isso, mais do que nunca, para ele, cabe exaltar o papel do auditor independente, que confere mais segurança e credibilidade ao mercado de capitais e à economia.
“Devemos difundir, de modo sistemático e esclarecedor, o quanto a profissão tem se desenvolvido e o quanto os auditores têm contribuído para se evitarem fraudes e erros em benefício do mercado e da sociedade. São milhares os trabalhos realizados e relatórios emitidos, e a imensa maioria enfatiza o significado da profissão e o quanto ela é imprescindível!”, ressaltou.
Ele também reiterou que os auditores independentes, assim como os contadores que se encarregam da preparação dos relatórios financeiros, são agentes ativos na construção de um ambiente robusto para a gestão das empresas. “Devemos reforçar a convicção de que os profissionais éticos devem ser valorizados, para que sirvam de referência aos jovens em início de carreira e de inspiração aos mais experientes. Tal reconhecimento contribuirá muito para o aprimoramento contínuo da governança corporativa, de modo sustentável e em benefício de toda a sociedade.”
Coscodai destacou ainda o trabalho incansável do Ibracon, que participa de iniciativas nacionais e internacionais para a constante evolução das normas, divulgando a missão da profissão, suas Bandeiras, suas responsabilidades e a relevância da interação com os agentes responsáveis pela governança corporativa das empresas.
Já Nascimento, da CVM, ressaltou temas importantes para o setor e fez provocações, entre elas por que o Brasil não tem assento no ISSB (International Sustainability Standard Board), enquanto países que destruíram seus recursos naturais têm. Para ele, o Brasil precisa assumir posição de protagonista nas pautas de sustentabilidade. “A pauta ESG não é modinha, pelo contrário, é um bom negócio para o país.”
O presidente da CVM também falou sobre a importância da Auditoria Independente no castelo de cartas da governança corporativa. “Sem o desconforto provocado pela auditoria, o auditor vira um consultor da companhia. É necessário manter o ceticismo e a independência, independência essa que consta no nome da profissão. Esperamos sempre uma auditoria técnica, isenta e que faça contrapontos”, pontuou.
Ética
Na sequência, Ana Rodrigues falou sobre dois programas geridos pelo CFC: educação continuada e revisão externa. “Estamos desenvolvendo há anos um programa de capacitação profissional pensando em por onde avançar e como evoluir além das 40 horas anuais de atualização que são necessárias para o auditor”, explicou. Ela também abordou a importância da ética, que está na essência do trabalho do auditor. “A ética praticada no dia a dia é o que nos difere”, disse.
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