A ABBC — Associação Brasileira de Bancos acredita que a deterioração do ambiente externo e o quadro de arrefecimento da atividade econômica ainda não produziu impacto relevante no balanço de riscos da inflação que justificasse uma alteração nas diretrizes da política monetária.
Segundo o Superintendente da Assessoria Econômica da ABBC, Everton Gonçalves, o Copom reiterou a sua mensagem de preocupação com a desancoragem das expectativas de inflação para os prazos mais longos, o que necessariamente implicaria na elevação nos custos para a convergência às metas. Porém, como novidade, sublinhou um eventual desdobramento das ameaças à estabilidade financeira internacional em uma desaceleração mais rápida da atividade econômica global.
“Ademais, no que tange ao âmbito fiscal, destacou que a recente reoneração dos combustíveis reduziu a incerteza dos resultados fiscais de curto prazo, enquanto em termos estruturais deu ênfase as expectativas para a trajetória da dívida pública, que se espera sejam endereçadas com a proposta de arcabouço que está sendo discutida. Ainda como fator de risco, a preocupação com um hiato do produto mais estreito, principalmente no mercado de trabalho, abriu espaço para o impacto baixista na demanda com a perda de dinamismo nas concessões de crédito, que no seu entendimento seria compatível com o ciclo de política monetária. Por fim, apesar de o Copom não definir o balanço de riscos como assimétrico e manter a possibilidade de uma retomada do ciclo de ajuste monetário no caso de uma frustação com a evolução da dinâmica inflacionária, o nosso entendimento é de que a ponderação líquida, efeitos dos fatores de riscos de alta e baixa, aponta para uma pressão menor pelo lado da demanda, o que na próxima reunião poderá trazer um alívio no balanço de riscos da inflação”, explicou Everton.
por Approach Comunicação




























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