29/05 – O panorama do cenário interno dita o pessimismo que caracteriza o comportamento dos investidores brasileiros neste pregão. O crescimento verificado entre janeiro e março deste ano foi revelado nesta manhã e decepcionou os analistas do mercado, que esperavam uma alta entre 0,8% e 1%. Neste sentido, o Ibovespa despenca 1,92%, aos 54.958 pontos. O volume financeiro negociado chega a R$ 3,45 bilhões.
O Produto Interno Bruto (PIB) subiu 0,6% no primeiro trimestre de 2013 em relação aos três últimos meses do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao mesmo período de 2012, a alta do PIB foi de 1,9%. No acumulado dos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2013, o PIB registrou crescimento de 1,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente precedentes.
Para Mitsuko Kaduoka, diretora de análise de investimento da BI&P – Indusval & Partners Corretora, o desempenho econômico do país no primeiro trimestre representou “uma grande rasteira para os investidores neste pregão”.
“O PIB brasileiro veio muito fraco e ficou abaixo das estimativas, fomentando a onda de mau humor que assola o mercado doméstico”, avalia Kaduoka.
A especialista ainda aponta que as expectativas em relação a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, contribuem para o movimento negativo que impera no principal índice da bolsa brasileira. Analistas do mercado se dividem entre um novo reajuste de 0,25 ponto percentual ou 0,50 ponto percentual. Atualmente, a taxa básica de juros está em 7,5%.
Os índices globais também sofrem com as projeções de crescimento do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Enquanto o FMI cortou a projeção de crescimento da China de 8% para 7,75% neste ano, a OCDE reduziu as estimativas de expansão mundial de 4% para 3,1% em 2013. Para fomentar ainda mais pessimismo, a organização prevê uma recessão de 0,6% na Zona do Euro ao final do ano.
Os investidores europeus ainda assimilam o desemprego na Alemanha, que permaneceu em 6,9%. Ainda assim o número de pessoas sem ocupação cresceu em 21 mil, somando 2,96 milhões de desempregados.
Com isso, o CAC 40, de Paris, avança 1,89%, o DAX, da Alemanha, sobe 1,99% e o FTSE 100, de Londres, recua 1,70%.
Em Wall Street, o movimento das bolsas é similar ao realizado pelos demais índices globais. Mitsuko indica que as preocupações em relação a continuidade dos estímulos à economia do país voltaram a balançar os investidores americanos.
Neste contexto, o Dow Jones tinha decréscimo de 0,92%, o S&P 500 caía 0,82% e o Nasdaq ganhava 0,72%.
Destaques
Entre as maiores altas, as ações da Gafisa (GFSA3) crescem 3,27%, cotadas a R$ 4,11.
Na outra ponta, os papéis da OGX Petróleo (OGXP3) perdem 9,04%, vendidos a R$ 1,51.
Câmbio
E no mercado de câmbio, o dólar opera em alta de 1,15%, cotado a R$ 2,096 na compra e R$ 2,098 na venda.
Fonte: Brasil Econômico
Escrito por: Marcelo Ribeiro
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