Segundo ele, Dilma está ouvindo os vários setores da sociedade para colher propostas sobre as formas para realizar uma reforma política no Brasil.
Na segunda-feira (24/6), Dilma apresentou a governadores e prefeitos cinco pactos, entre eles “o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita”.
Nesta terça-feira (25/6), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado, disse a jornalistas, após se reunir com a presidente, que ela havia descartado a convocação de uma assembleia constituinte específica para a reforma política, o que foi negado por Cardozo.
“A presidente se sensibilizou com a nossa pregação e autorizou que fosse comunicado… que o governo sai convencido de que convocar Constituinte, não é adequado, porque atrasa o processo de reforma política, porque fazer um plebiscito para convocar uma Constituinte vai atrasar a aprovação da reforma política”, disse o presidente da OAB.
Pouco depois, no entanto, o ministro da Justiça negou que Dilma tenha descartado qualquer forma de realizar a reforma política e disse que uma consulta à sociedade é premissa defendida pelo governo federal.
“A presidente ontem abriu um processo de discussão com a sociedade. E é assim que tem que ser visto”, disse o ministro. “Não tem (proposta) preferida. Nós estamos discutindo o método, a forma.”
O presidente da OAB sugeriu à presidente que as propostas de alterações para a reforma política sejam diretamente apreciadas pelo povo em plebiscito, sem constituinte, proposta que Cardozo chamou de “muito interessante”.
Ele, no entanto, procurou deixar claro que Dilma e demais representantes do governo federal vão se reunir com vários setores da sociedade e lembrou que a convocação de um plebiscito depende do Congresso Nacional.
“Quem convoca plebiscito é o Congresso Nacional. A presidente abriu um debate, e a premissa da posição da presidenta é que é necessário que a sociedade seja ouvida, O plebiscito, portanto, é a posição nossa”, disse.
“Vamos discutir as várias formas.Tem um monte de gente que será ouvida”, prometeu.
Ainda nesta terça, Dilma tem reuniões marcadas com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Fonte: Reuters / por Brasil Econômico
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