27/05 – Não falta crédito no país, mas ele raramente chega aos pequenos empreendedores e às start-ups, aponta estudo da Fundação Dom Cabral.
Em escala de zero a cem -na qual cem significa maior acesso ao capital-, a avaliação de disponibilidade de crédito passou de 61,2 em 2007 para 70,9 em 2011 (último ano que tem dados disponíveis).
Em Hong Kong, região definida como referência nesse quesito, a pontuação foi de 85,6 em 2011.
Quando se trata de disponibilidade de capital de risco, porém, o resultado é diferente. Entre 2007 e 2012, a avaliação mal variou, ficando entre de 2,5 e 2,9 (a pontuação vai de um a sete).
“Existem fundos de investimentos no país, mas eles querem a certeza da viabilidade do projeto. Aí é quase um private equity, e não um venture capital (que investe em empresas iniciantes)”, diz o coordenador do estudo, Carlos Arruda.
“Os investidores querem que a companhia esteja em um estágio mais avançado e não na fase inicial, na qual se encontram normalmente as start-ups”, acrescenta.
O perfil do empreendedor é, de acordo com o professor, o critério principal utilizado pelos fundos na hora de decidir a empresa que receberá o aporte.
“Os investidores não se preocupam tanto com o plano de negócios. Eles buscam pessoas que consigam achar uma saída rápida caso o projeto não dê certo.”
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Maria Cristina Frias cristina.frias@uol.com.br
Fonte: Folha de S.Paulo / por Fenacon
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