Aprender com mentes inovadoras e pioneiras que impulsionam Israel para a liderança mundial em empreendedorismo. Esse foi o motivo da escolha da Reichman University, primeira e única particular do país, como a parceira educacional do 6° Seminário Internacional de Excelência Empresarial do SESCON-SP, realizado entre 9 e 17 de setembro na nação do Oriente Médio.
A instituição, que já serviu como base do exército israelense, agora abriga estudantes de todo o mundo em um campus moderno, verde e que transborda inovação
O grupo com 76 empresários contábeis brasileiros, o maior que a universidade já recebeu, pôde ter contato com áreas de Governo, diplomacia e estratégia, negócios, computação, comunicação, psicologia, economia e sustentabilidade.
No primeiro dia de conteúdos, os participantes puderam entender como Israel venceu obstáculos de escassez de recursos, políticos e de guerra e como desenvolveu um dos ecossistemas de inovação e empreendedorismo mais eficientes do mundo.
Raízes da Inovação
Na palestra “Raízes da Inovação”, o Dr. Amir Guttman, da Escola de Negócios Arison, da Universidade, explicou que Israel produz tecnologias sempre com foco no mercado mundial e destacou que o país tem a educação e a formação de grupos discussão como pontos de partida para a inovação e criação de riqueza.
Segundo ele, quando uma empresa é aberta, desde o seu primeiro dia, o gestor sente a necessidade de conversar com um cliente do outro lado do mundo, seja nos Estados Unidos, na América Latina, Europa ou China. “Isso cria uma grande habilidade. Desse modo eles contratam as pessoas certas, que têm a linguagem certa, a experiência certa para trabalhar com clientes em qualquer parte do mundo”, disse.
Contudo, para ele, o sucesso efetivamente está nas pessoas. “Pelo fato de ser um país pequeno, as intervenções inteligentes por parte do governo, com incentivos ao desenvolvimento de empresas de tecnologia e, por fim, a migração russa dos anos 90, trouxeram recursos humanos altamente qualificados”.
Autoconhecimento
Mas um importante aliado neste caminho foi o autoconhecimento. Uma das estratégias utilizadas para conhecer os pontos fortes e fracos do país foram os índices apontados pelo The Bloomberg Index, que mede os parâmetros necessários para inovar na sociedade e construir um ecossistema inovador. “Israel é muito bom em invenções, pesquisas, em novas ideias que vão mudar o mundo. Então eles podem pegar a nova ideia, criar um produto cheio de conceitos, um produto que vai ser testado por alguns consumidores”.
Entretanto, Guttman ressalta que o país, para o ciclo de produção, precisa de ajuda de outras empresas. “A habilidade do país é de colaborar, de trabalhar com parceiros de negócios em produção. Falta a habilidade de vender em países como o Brasil, por exemplo”.
Brasil – Israel: oportunidades de negócios
O potencial comercial entre as duas nações foi o foco do painel “Oportunidades de Negócios & Relações”, conduzido pela gerente da LATAM e representante da Federação das Câmaras de Comércio de Israel, Inbar Stein.
Israel é um país promissor, que tem aberto suas fronteiras para o mundo e atraído estudantes, empresários e profissionais que desejam conhecer o ecossistema inovador construído, de acordo com a palestrante. “Muitas vezes os traders estrangeiros não sabem por onde começar: se vão diretamente para uma parceria ou para os multiplicadores. Nós somos, sem dúvida, multiplicadores. Conseguimos importadores e exportadores brasileiros para estar em contato com alguns potenciais relevantes clientes israelitas ou parceiros”, disse.
Neste contexto, a FICC tem o papel estratégico de criar conexões entre as pessoas, os negócios, as startups e apresentar as oportunidades.
Atratividade para as grandes
A reputação de Israel como um dos maiores centros de inovação do mundo tem crescido ao longo das décadas e atraído para o país grandes multinacionais. Um dos exemplos é a Microsoft, que vem investindo junto ao ecossistema do país com várias iniciativas para criar relacionamento com as startups e seus fundadores.
Durante o painel “Inovação e Automação na Microsoft Israel”, Nitzan Gal, a Chefe de Desenvolvimento de Ecossistemas da multinacional, contou que a empresa tem muitos programas de desenvolvimento para startups avançadas. Ela ajuda crescer o negócio a partir da colaboração com a empresa e realizando o chamado “Co-Sell”, ação de venda conjunta em diferentes organizações, e possui também um marketplace interno para startups que as permite compartilhar as suas soluções com os clientes da Microsoft. “Dessa forma, acompanhamos e auxiliamos as empresas desde o seu início e primeiros passos da sua construção, até os estágios mais avançados de desenvolvimento, crescendo juntamente com a gente”.
Criando uma cultura organizacional inovadora
Mas como, afinal, preparar a sua empresa para a inovação? Quais os tipos, níveis e quem faz parte da inovação nas organizações? No painel “Estruturas organizacionais para inovação”, o reitor Dr. Yossi Maaravi, da Escola de Empreendedorismo Adelson da Universidade Reichman, falou sobre como organizar processos e criar uma cultura organizacional inovadora.
Para Maaravi, o modelo de inovação tipo startup é o mais seguro que existe, pois é leve, fácil de guiar, rápido e flexível, podendo pivotar sempre que necessário. Contudo, ele enfrenta resistência e muitos líderes não estão abertos para essa realidade. “Você pode tentar integrá-los ou fazê-los trabalharem com mentores da indústria, ou trazer líderes e fundadores de startups para trabalharem com o líder em questão, tudo para tentar trazer um novo mindset do ponto de vista de um inovador”, aconselhou o especialista.
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Acompanhe a cobertura completa:
✔️ Contadores do Brasil em Israel – https://www.portalcontnews.com.br/contadores-do-brasil-em-israel/
✔️ Evangelizar na contabilidade – https://www.portalcontnews.com.br/evangelizar-na-contabilidade/
✔️ Brasileiros, Israel está aberta a negócios! – https://www.portalcontnews.com.br/brasileiros-israel-esta-aberta-a-negocios/
Magnífico Seminário, levou contadores a ver as oportunidades possíveis de desenvolver com criação de Startups, enxergar nomeou-se modelo de gerir negócios