Qual mar de lama é mais danoso?
02/06 – Mario Elmir Berti – Articulista do Contabilidade na TV*
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Mario Elmir Berti, presidente da Fenacon e
Articulista do Blog Contabilidade na TV |
Recentemente, assistimos incrédulos a um desastre ambiental de proporções gigantescas, com consequências impressionantes e com danos ambientais e sociais altamente maléficos, por ocasião do rompimento da barreira em Mariana, que apesar do tempo decorrido, continua espalhando lama por onde passa e causando prejuízos incalculáveis.
Muito se fala em atribuir responsabilidade a este ou aquele, a se imputar pesadas multas e punir quem de direito, como se isso fosse o efeito reparador de todo mal causado e tudo o que aconteceu seria esquecido em razão das penalidades aos infratores. Ledo engano! Levará anos, ou talvez décadas para que a região volte a sua normalidade, tudo em nome da exploração da natureza para o enriquecimento de poucos.
Mas existe coisa pior, muito pior!
Estou falando do mar de lama que assola nosso País e que não se restringe apenas à pobre Mariana, das Minas Gerais, mas que afoga nosso querido Brasil varonil numa avalanche de denúncias, de gravações, de delações premiadas, de prisões, de conduções coercitivas e outras “cositas mas”.
E pasmem, esta lama é muito mais danosa, porque atinge a natureza e as finanças de nossas instituições, é um verdadeiro soco no estômago da população, que um dia elegeu os seus “legítimos representantes”, e agora vê estupefata, que poucos se salvam. Chafurdam no mar de lama e nadam de braçada, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Afinal, todo mundo faz!
É claro que ainda existem políticos sérios e comprometidos com o cargo que ocupam, na sua verdadeira essência, qual seja, defender os interesses de seus eleitores. Mas, infelizmente estes são minoria e parecem também de mãos atadas para conter a avalanche.
A cada dia, novidades. As mais surpreendentes e inimagináveis possíveis. Nomes escolhidos para ajudar a erguer o País, são citados de maneira direta e inexorável, como mentores não da faxina que o Brasil precisa, mas de condutores dos bastidores e do mais fétido esgoto, com tentativas de traficar influências e manipular a justiça e os corajosos defensores da lei e da ordem.
E com isso tudo, o Brasil continua parado. Nada se decide, em nenhuma das três esferas do poder, porque a prioridade agora é salvar a própria pele ou encontrar justificativas para explicar o inexplicável.
Felizmente, temos visto que a Justiça como um todo, não tem recuado e ao contrário, vem mantendo a firmeza de suas posições, como se fossem os últimos arautos da ética, como verdadeiros pilares da barreira que tenta conter o mar de lama que assola nossos dias e envergonha nosso povo.
“Oxalá” seja este um momento de varredura, de limpeza, onde o fato de vir a tona tudo o que estamos vendo, signifique um novo País, que é o que todos desejamos.
* Mario Elmir Berti – Natural de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Atua na área contábil desde a década de 1970, quando fundou a Berti e Cia. Contadores Associados S/C – Organização Pardal. Ele participa de entidades sindicais desde 1995 e, entre os anos de 2001 e 2004, foi vice-presidente da Fenacon Região Sul.
Natural de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Atua na área contábil desde a década de 1970, quando fundou a Berti e Cia. Contadores Associados S/C – Organização Pardal. Ele participa de entidades sindicais desde 1995 e, entre os anos de 2001 e 2004, foi vice-presidente da Fenacon Região Sul.
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