O programa CONTNEWS desta semana, realizado no dia 14 de abril, trouxe informações, dicas e alertas sobre Imposto de Renda Pessoa Física, Departamento Pessoal, Terceiro Setor, Legislação do IPI e Comunicação para contribuir com o dia a dia e o desenvolvimento de empresas e profissionais da área contábil e outras.
Esta edição, apresentada pela jornalista e produtora executiva do Portal Contabilidade na TV, Magda Battiston, reuniu um time de especialistas das áreas contábil, fiscal, de DP e comportamental para informar e trocar experiências com o público do programa. Confira:
Atualizações do DP
Após um período de grande expectativa, no último dia 12 de abril foi disponibilizado o informe de rendimentos relativo ao Benefício Emergencial, do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. A analista de negócios da SCI Sistemas Contábeis, Cleide de Souza, explicou que o documento pode ser acessado pelo aplicativo da CTPS Digital ou pelo Portal Gov.br, e colocou o público do CONTNEWS a par da situação dos recursos relativos ao BEm de 2020. “Está sendo feito um mutirão. Os processos ainda estão em andamento e a intenção é que todos eles sejam analisados até o próximo mês”, informou.
A especialista também trouxe novidades sobre o número da CTPS na RAIS, tendo em vista uma atualização recente no Manual que trouxe informação diferente e causou confusão de entendimento. “Fomos em busca de esclarecimentos e nos foi comunicado que é o CPF que identifica o trabalhador, portanto ele deve ser informado no campo CTPS”, explicou Cleide, ao ressaltar que deve sair um novo manual que trará o retorno da antiga regra.
Sobre o adiamento do pagamento do abono do PIS, cujo pagamento foi adiado para a partir de janeiro de 2022, Cleide comentou a situação dos ajustes feitos no GDRAIS genérico referentes a anos anteriores. “Esses ajustes também podem não ser pagos este ano, mas sim em 2022, devido a questões orçamentárias”.
RIPI – Alterações
O Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (RIPI) sofreu diversas alterações com o Decreto 10.668/2021, publicado na edição de 9 de abril do Diário Oficial da União. As implicações dessas mudanças foram abordadas pela sócia e criadora do Blog Siga o Fisco, Jô Nascimento. “Tivemos alterações consideráveis em vários pontos da legislação, tanto positivas como negativas”, afirmou.
Um dos pontos negativos, segundo Jô, é a equiparação a industrial obrigatória, que exige do empresário que atua com bebidas, quentes ou frias, por exemplo, o atendimento a todas as regras de um contribuinte do IPI. “Se o empreendimento recebe consignação de 20% da produção de um industrial ou um importador ele será equiparado”, disse a empresária contábil, ao ressaltar que a partir daí ele deverá cumprir todas as obrigações acessórias de um industrial.
Também houve alterações nas formas de suspensão e isenção do imposto em algumas hipóteses. Existem algumas operações em que o Fisco autoriza a suspensão do tributo, e algumas específicas para o preponderantemente exportador. “Antes era considerado neste termo quem tinha 70% da sua receita de venda ou serviço de receita destinada ao exterior. Agora, essa percentagem é de 50%, uma mudança bastante positiva”. Já a isenção de IPI na compra de carros por portadores de deficiência ou táxis, por exemplo, foi estendida para os modelos híbridos e elétricos, o prazo para o processo foi prorrogado para até o fim de 2021 e agora não há limitação de tipo de veículo.
Demonstrações das ONGs
Como todas as empresas do país, as organizações não-governamentais estão significativamente envolvidas com a burocracia e obrigações técnicas e legais. De acordo com o sócio da Audisa e especialista em Terceiro Setor, Ricardo Monello, recentemente algumas entidades avançaram na organização e aplicação das normas, contudo, outras, independentemente do tamanho, deram passos para trás. “Em razão da situação pandêmica, foram alterados critérios e prazos para o segmento em algumas situações, mas não todas”, disse o empresário contábil, ao dar uma dica. “Em um trabalho conjunto entre contabilidade, auditoria e gestão, a entidade deve estar certa de que está atendendo plenamente as duas principais normas do setor: a ITG 2002 e TG 07.
Monello também destacou sua preocupação sobre como tem sido feita a segregação por atividade, natureza e recursos restritos. “Algumas entidades estão misturando registros, receitas e despesas de verbas de origem pública com doações e até serviços da organização”, disse ele, ao alertar ainda que as entidades que atuam com duas atividades, como Educação e Saúde, devem ter receitas e despesas, inclusive ativos e passivos, segregados por área. “Lembrando ainda que muitas delas têm atividade meio e isso também deve ser destacado”, complementou.
Como encantar seu cliente com o IRPF
A prestação de serviço relacionada ao Imposto de Renda Pessoa Física vai muito além do preenchimento correto e entrega da declaração ao Fisco. Para o CEO da Patwork e da ConferIR, Maurício Tadeu de Luca, trata-se de uma excelente oportunidade para encantar o cliente. “Ao prestar um serviço humanizado e personalizado o cliente passa a perceber o seu efetivo papel”, disse o especialista, ao destacar que, na Era da Informação, quanto mais dados e insights você entrega, mais valorizado você é. “O contador pode entregar relatórios gerenciais, fazer uma análise de caixa, apontar a evolução e ações para preservar o patrimônio, possibilidades de investimentos e muito mais”, disse.
E o trabalho do contador não deve acabar após a entrega da declaração. Segundo Maurício Tadeu, esse é um dos momentos para mostrar cuidado com o cliente e trazer um diferencial. “Faça um monitoramento da obrigação acessória. Com uma boa ferramenta, é possível receber informações sobre o processamento e finalização da declaração, disse o empresário contábil, ao ressaltar que essa medida traz segurança e confiança para o relacionamento.
Desafios para a comunicação lançados pela pandemia
As transformações das formas de comunicação exigidas pelo mundo integrado e conectado, potencializadas pela pandemia de COVID-19, foram abordadas pela doutora em Psicologia, Márcia Battiston. De acordo com a especialista, a boa comunicação é fundamental no ambiente de trabalho e é importante saber quais palavras usar e em qual momento aplicar cada tipo de linguagem. “Lidamos com clientes, fornecedores, colaboradores e precisamos adotar uma linguagem adequada para cada público”, disse ela, ao enfatizar que quem dá o tom da comunicação é o ouvinte.
Márcia explicou que o universo corporativo e até mesmo a empresa acabam criando linguagens próprias, que devem ser assimiladas pelas pessoas. “Essas linguagens trazem identidade, trazem o sentimento de grupo, de pertencer, por isso elas têm um papel importante”, afirmou a psicóloga, ao pontuar que cada segmento abraça jargões e expressões profissionais típicos, contudo, é preciso saber como utilizá-los, pois ao mesmo tempo em que eles podem fazer toda a diferença para o entendimento, se utilizados em excesso podem prejudicar a comunicação. “A linguagem pode aproximar, mas pode afastar, portanto, faça a escolha adequada para o momento adequado”.
Dúvidas IRPF
Boa parte do programa desta semana foi dedicada a dúvidas dos profissionais, empresários contábeis e contribuintes sobre a Declaração de Imposto de Renda 2021. As perguntas do público foram sanadas pela professora, empresária contábil e parceira do CONTNEWS, Mônica Porto.
Fique em dia com todas essas novidades e dicas. Assista a íntegra do programa em https://youtu.be/jfwSTcdse_U.



























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